Olá queridos, sejam bem-vindos!
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Foto: pintura de Caio Cruz - artista residente em Vitória/ES |
Estamos de volta com mais uma postagem sobre o sofrimento e as visões culturas. Na postagem de hoje, abordaremos as diferenças entre as culturas tradicionais e o secularismo ocidental.
Pontuaremos as divergências entre estas culturas sob a perspectiva de Keller. Assim, destacaremos, de forma resumida, o que ele afirma a respeito destas culturas. A tabela abaixo, é uma criação nossa e que pode nos ajudar a comparar as duas perspectivas apresentadas por Keller. Bem, as informações contidas nessa postagem e em especial as descritas na tabela abaixo, podem ser encontradas de forma diluída nas páginas 31 a 39 do livro de Keller*
Cultura tradicional
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Cultura secular ou ocidental
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O mundo é constituído de matéria e espírito
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O mundo é constituído apenas de forças físicas
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Tenta-se encontrar um propósito para a dor que o sofrimento traz
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Não há propósito específico para o sofrimento
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O propósito maior da vida é algo que está além da felicidade e do conforto pessoal, como: virtude moral, iluminação, honra, fidelidade à verdade;
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O propósito desta vida deve ser um bem material ou uma condição: conforto, segurança e prazer
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“Os sentidos da vida” podem ser alcançados não só apesar do sofrimento, mas através dele;
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O sofrimento é um acidente, uma importunação, um impedimento ao que se deseja alcançar;
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O sofrimento pode até acelerar a jornada rumo ao destino planejado;
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O sofrimento não pode ser um bom capítulo na história de vida de alguém; é uma interrupção da história e nem pode nos conduzir ao lar;
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O sofredor não é vítima, pois o sofrimento, é algo esperado e parte de uma história de vida coerente, modo fundamental de viver bem e de crescer como pessoa e alma;
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O sofredor é uma vítima que está sujeita a ataques de forças naturais;
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O sentido está, em parte, no aprendizado da paciência, da sabedoria e da fidelidade;
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O sentido da vida é a liberdade individual, o direito e a liberdade de escolher o que acha que é bom, assim, o sofrimento não tem nenhuma “utilidade”;
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A responsabilidade principal é do próprio sofredor e a dor gerada pelo sofrimento é sintoma de um conflito entre o mundo interior da pessoa e o mundo exterior;
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A responsabilidade de reagir ao sofrimento é retirada do sofredor que são encaminhados a profissionais: médicos, psicólogos, assistentes sócias... com a tarefa de aliviar a dor pela remoção de tantos fatores de estresse quantos forem possíveis;
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Os sofredores buscam ser edificados através dos sofrimentos;
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Sem o mínimo de propósito, o sofrimento deve ser controlado e a dor diminuída;
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Deus está no controle e o amor dele conduzirá o mundo. Os sofredores, assim, colocam suas esperanças em algo ou alguém que está acima deles;
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Como evitar o sofrimento e diminuir a dor? Através do afastamento dos pensamentos negativos, através de férias, exercícios físicos e bons amigos... controlar as reações. Deve-se ainda, procurar as causas e eliminá-las;
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Keller faz algumas afirmações, a partir dos pesquisadores que ele aborda em seu livro. Então, destacamos algumas destas afirmações de forma sucinta com o propósito de mostrar as possibilidades de propósito em relação ao sofrimento:
- Se encontramos um propósito para a dor, damos a ela, um significado, pois sem significado, nós morremos;
- Você deve criar seu próprio significado, decidir o tipo de vida mais importante e que valha mais a pena ser vivida;
- É preciso superar a dor ao invés de nos vermos como peças inúteis de uma engrenagem cruel;
Refletindo e considerando
O que é o sofrimento para você? Em qual das dimensões abaixo, você sente que mais sofre?
Física, emocional, intelectual, financeira, profissional, relacionamento social, relacionamento amoroso, espiritual, familiar.
Se desejar, escreva para nosso e-mail raigodoy@hotmail.com e conte-nos sua história de sofrimento e como você conseguiu superar.
Próxima postagem, apresentaremos o tema do sofrimento, o cristianismo e outras culturas, tudo isto, a partir da perspectiva do livro de Keller
Um abraço e até lá,
Todos
os artigos aqui postados são de responsabilidade e *autoria de:
Rai
Godoy - Especialista em Sexualidade, Inteligência Emocional e Analista de
Perfil Comportamental - Life Coach - Conselheira Profissional – Hipnoterapeuta
(Instituto Versate e ACT Institute) - Membro da ABRASEX, SBRASH, SBIE e SLAC.
*com algumas exceções que serão devidamente citadas
*Keller, Timothy. Caminhando com Deus em meio à dor e ao sofrimento, São Paulo: Vida Nova, 2016
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInteressante reflexão que nos impulsiona a ruminar que o mal deste mundo e o sofrimento são resultados de nossos abusos do livre arbítrio, pois deturpamos o que foi nos dado como dádiva, nos ludibriamos em achar que usamos o livre arbítrio (fazer escolha com sabedoria), mas na verdade estamos embriagados de ações arbitrárias (impulsivas, enganosas, egoístas...) nos tornando juízes de nós mesmos impedindo, desta forma, que de fato a vontade soberana de DEUS prevaleça em nossas vidas. Como diria Isaac Newton: "para toda ação existe uma reação", então quem tem direcionado conduzido sua vida: Deus ou o seu ego?
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