Cobranças e autocobranças... é muito fácil encontrar pessoas
que vivem buscando a “perfeição” de si mesmas. E, não é difícil encontrar
pessoas que erram, mesmo quando tentam trilhar o caminho da “perfeição”.
A questão é que erramos, todos os dias, erramos sempre!
Erramos e não ficamos muito atentos para imprimir uma melhora através dos
aprendizados oriundos do erro. Afinal, se o erro ocorreu, é porque houve uma
tentativa em se acertar.
A verdade é que, muitos de nós, temos a tendência de se
culpar por aquilo que fazemos de errado e, sempre que podem, procuram descartar
os erros mantendo-os longe de suas mentes, (como se isto fosse possível)
através da autoculpa, por exemplo... na maioria dos casos, pois outros, simplesmente,
culpam as outras pessoas, eventos, situações ou coisas pelos seus erros.
Bem, não importa o que as pessoas fazem para descartar os
erros, o que vale mesmo é buscar entender, considerando como os erros podem ser
um benefício quando eles ocorrem. Assim, procurei listar algumas considerações
a respeito do erro e o tornar-se mais humano através da experiência que eles
nos trazem.
Nossa intenção não é difundir o erro como uma coisa boa de
se viver ou normalizar a ponto de não se preocupar mais em querer acertar. Pelo
contrário, nossa intenção é aproveitar quando errarmos e considerar todas as possibilidades
que surgem a partir do ato de errar e, assim, poder sim... significar cada uma
delas.
1- O erro por si só, como já observamos acima, traz em seu espaço,
a condição de que, se alguém errou, é porque se deu ao luxo de tentar. Diferentemente
daqueles que ficaram apáticos e indiferentes, ou até mesmo com medo de
enfrentar algo. Seja um saber ou uma experiência de vida. É como aquela canção
de Roberto Carlos que diz: “...se chorei ou se sorri... o importante é que emoções
eu vivi”.
2- O erro, pode nos ensinar que aquele caminho tomado não é
o melhor, então, não precisamos repetir, pois já vimos com o primeiro erro que
não vale a pena tomar, de novo, este mesmo caminho. Isto nos dá a liberdade de
alargar as fronteiras de nossa mente e caminhar por novas trilhas.
3- O erro pode nos trazer um aprendizado que, talvez, um
acerto assim, “de cara” não nos traga, pois se houve um erro, é porque
aconteceu uma verificação através de uma avaliação mínima.
4- O erro nos torna mais experientes para ajudar outras
pessoas a não tomarem um caminho parecido. Eu diria que esta é a parte do erro
quando ele se torna algo que ajuda no patamar da socialização ou bem comum.
5- O erro traz maturidade quando lidamos com ele de forma
mais assertiva. Então, aqueles que erram e aprendem algo, podem amadurecer de
forma muito positiva.
6- O erro não pode ser o motivo da autovitimização, se
tivermos uma forma madura de enfrentar os nossos erros, certamente iremos
promover uma autoanálise que nos ensinará muito sobre quem somos, pois, o erro
visto de forma correta, pode resultar em autoconhecimento.
7- O erro nos tira do patamar da arrogância e nos torna mais
humildes. Assim, o erro pode nos tornar pessoas acessíveis a outros que nos
percebe como humanos. O erro pode nos unir as pessoas. Lembrando que esta união
pode ser algo com resultados positivos ou mesmo negativos, vai depender da
forma como lidamos com este erro.
Errar é humano, mas o que você faz do seu erro, também,
deve-se torna-lo mais humano. Por fim, o erro é algo que está presente na
condição humana e não temos muito como fugir deles, mas podemos fazer de nossos
erros... nossos acertos!
E fica a dica: Errou? Então, aprenda!
Gratidão a você que veio!
Rai Godoy